No Amazonas um bom café da manhã tem que ter o tucumã, fruto típico da região amazônica. O problema é que na entressafra, o fruto desaparece das feiras e mercados. Segundo Ednei Santos, que é dono de banca de café da manhã, quando aparece tucumã a venda, é com preço nas alturas.
Conforme os feirantes de Manaus, essa é a primeira vez que o tucumã alcança esse valor. E se tem escassez de tucumã, tem aumento no preço do x-caboquinho, aquele sanduíche feito de pão, queijo, banana frita e tucumã. Para se ter ideia, nas bancas de café da manhã de Manaus, o x-caboquinho que custava de R$ 8,00, agora está custando R$ 17,00. Um reajuste de mais cem por cento. Segundo Ednei Santos, é possível encontrar o x-caboquinho mais barato, dependendo do lugar.
Na falta do tucumã, em muitas bancas de café da manhã, o x-caboquinho ganha novos ingredientes. A estudante Bruna Santiago, que adora o sanduíche regional, tem sofrido com a escassez do tucumã.
A estratégia para não perder a clientela é subsistir o tucumã pela carne, seja na tapioca ou no pão francês. E deve ser assim até a nova safra do tucumã, que vai de janeiro a abril. No entanto, em algumas regiões do Amazonas, o tucumã é produzido o ano inteiro, só que a colheita não é suficiente para atender o mercado consumidor.
Orestes Litaiff – Rádio Rio Mar
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