O Ministério da Fazenda anunciou na última segunda-feira 27/02 a volta da cobrança de tributos federais sobre combustíveis. As percentagens maiores serão aplicadas sobre os de origem fóssil, como a gasolina, e as menores, sobre os biocombustíveis, como o etanol. De acordo com o Governo Lula, a volta da cobrança é necessária para o equilíbrio fiscal das contas públicas e para o aumento da arrecadação de impostos. Um economista avalia os impactos da volta da tributação para o consumidor final.
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A suspensão na cobrança do PIS/Cofins e Cide sobre combustíveis começou em março do ano passado, no Governo de Jair Bolsonaro, com validade até dezembro de 2022. Em janeiro deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prorrogou até dezembro, a desoneração sobre o diesel e o gás de cozinha, mas, deixou de fora, a gasolina, o etanol, gás natural veicular e o querosene de aviação, que voltam a ser tributados. O economista Francisco Mourão Júnior afirma que a cobrança de impostos sobre combustíveis tem um impacto forte, ainda mais quando se leva em conta a inflação.
Com a volta da cobrança dos impostos federais sobre a gasolina, o gás veicular, o etanol e o querosene de aviação, as consequências vão ser ainda mais nocivas ao bolso do consumidor. A cobrança dos tributos será repassada aos clientes, por meio de aumento nos valores das corridas de táxi, do transporte por aplicativos, fretes, conduções particulares, passagens aéreas e outros serviços que dependem dos combustíveis. O especialista afirma que o consumidor final terá que recorrer às pesquisas prévias para minimizar os impactos no orçamento.
Nuno Lôbo – Rádio Rio Mar