Elevadores quebrados deixam passarelas de ônibus sem acessibilidade em Manaus

A falta de manutenção nos elevadores das passarelas de ônibus continua comprometendo a acessibilidade em Manaus. Um dos casos mais críticos está na passarela localizada na Avenida Max Teixeira, zona Norte da cidade, onde os equipamentos permanecem quebrados e sem previsão de reparo.

Elevadores quebrados deixam passarelas de ônibus sem acessibilidade em Manaus. Foto: Yuri Bezerra.

A equipe da Rádio Rio Mar já havia visitado o local em 2022 para denunciar o abandono da infraestrutura. Três anos depois, o cenário segue praticamente o mesmo: elevadores inutilizados, acúmulo de lixo e insegurança para quem precisa atravessar a via.  Jonas Teles, que trabalha próximo à passarela, também reclama da situação e aponta a falta de cuidados com o espaço público.

 “É abandono, né? Uma coisa bem feita. O pessoal joga muito lixo. Lamentável que seja assim. Se tivesse sempre manutenção, ficaria ótimo isso aqui. Eu não gosto de atravessar por baixo, o pessoal tem preguiça de subir. Sempre tem jovem dormindo aí, gente que mexe com drogas, principalmente à noite, por isso o pessoal tem medo de passar por aqui por causa disso.”

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Elevadores quebrados deixam passarelas de ônibus sem acessibilidade em Manaus. Foto: Yuri Bezerra.

A ausência de acessibilidade impacta principalmente pessoas com deficiência, idosos e moradores que dependem do transporte público para se locomover com segurança. Moradora da área há 14 anos, Leide Barbosa relata que, além da falta de acessibilidade, a passarela também se tornou ponto de risco para pedestres.

 “Até a gente mesmo poderia usar, porque às vezes tem muitos assaltos. Até esse horário eu tenho medo das vendas, de passar aqui. As pessoas vêm aqui para fumar maconha, como eu tô te falando, pra assaltar a gente. O nosso prefeito, né, que quer melhoria pra gente… Pra tu ver como tá isso aí. Um cadeirante que precisa descer não pode. Olha o estado disso aí. Inclusive, uma amiga minha que é cadeirante disse que usou isso aqui uma vez e foi horrível. Não tem manutenção e nunca teve”, desabafa.

A equipe de reportagem solicitou uma nota ao Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) sobre o assunto, mas, até o fechamento desta matéria, não obteve retorno.

Yuri Bezerra, Rádio Rio Mar

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