Apenas em Manaus, mais de 280 mil eleitores deixaram de votar no primeiro turno das Eleições 2024 e, mais do que abdicar do direito ao voto, os faltosos deixaram de fazer valer os gastos públicos que se aproximam dos R$ 31 milhões para a realização do pleito no Amazonas.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Amazonas teve a maior operação logística da história das eleições brasileiras. E o custo estimado é de R$ 31.078.618,14. Esse valor é 28,3% maior do que o último pleito municipal no Estado, que custou ao contribuinte R$ 24.215.631,03, em 2020.
Em 2022, as Eleições gerais custaram R$ 38.712.499,39 no Amazonas. Contudo, não cabe comparação com 2024, uma vez que, nas Eleições municipais, não ocorre segundo turno no interior do Estado, como acontece nas gerais (para governador e presidente da república), o que minimiza os gastos.
Operação sem precedentes
Conforme o TSE, para garantir o 1º turno das Eleições municipais de 2024 no Amazonas, o Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE-AM) realizou uma operação logística sem precedentes na história das eleições brasileiras. Isso porque foram mais de 140 horas de voo de sete helicópteros das Forças Armadas em mais de 30 mil quilômetros. Essa distância equivale a duas vezes o trajeto de Manaus a Pequim, na China.
Os percursos que, tradicionalmente, são via fluvial, ocorreram pelo ar, por meio de helicópteros, devido à seca histórica dos rios.
De acordo com o TSE, os resultados das urnas indicam que o esforço foi capaz de manter o índice de abstenção de eleitores (19,37% em Manaus) dentro dos níveis das eleições anteriores. Manaus, por exemplo, registrou a menor taxa de faltosos entre as capitais do Norte do País.
Cabe somar-se a esses R$ 31 milhões, os mais de R$ 1,7 milhão de custo da oferta de gratuidade no transporte público na capital, que se repetirá, no 2º turno.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar
Foto: TRE/AM – Divulgação