A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (30), a operação ‘Amor Fantasma’ contra o ex-vice-governador do Amazonas, Henrique Oliveira (Podemos), a ex-esposa dele Adriana Mendonça (PROS) e três empresas por suposto crime de Caixa 2 Eleitoral nas Eleições de 2022.

A PF cumpriu cinco mandados de busca e apreensão dos celulares dos envolvidos, computadores e documentos, em Manaus. A operação tenta comprovar o crime e obter outros elementos indicativos de autoria e materialidade.

De acordo com a Polícia Federal, a candidata a deputada federal Adriana Mendonça recebeu R$ 1,5 milhão do partido PROS.  Três empresas que têm o mesmo sócio em comum (Antônio Fernandes Barros Lima Neto) receberam pagamentos. Duas delas também foram contratadas pela campanha de Henrique Oliveira.

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A Rádio Rio Mar entrou em contato com uma das empresas, por telefone, a Multisetor Serviços, que fica na Avenida Duque de Caxias, no Centro de Manaus. A funcionária que atendeu afirmou que Antônio Fernandes Neto não estava no local. Disse ainda que não poderia informar o contato do proprietário e que a empresa não se pronunciaria sobre a investigação.

Ao consultar as prestações de contas do candidato ao governo do Amazonas Henrique Oliveira e da candidata a deputada federal Adriana Mendonça, no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), referente às Eleições de 2022, é possível constatar que, juntos, eles pagaram mais de R$ 7,8 milhões a quatro empresas que têm que Antônio Fernandes Neto como sócio: Digital Comunicação, X Press Serviços de Comunicação, Multisetor Serviços e Tore Produções. E três destas empresas têm outro sócio em comum: Antônio Fernandes Júnior.

Em resumo, o ex-vice-governador Henrique Oliveira informou à Rádio Rio Mar, por telefone, que a Polícia Federal não foi ao endereço dele e que vê a denúncia como perseguição política.

A reportagem não conseguiu contato com Adriana Mendonça.

O nome da operação “Amor Fantasma” é uma alusão à relação conjugal entre os principais investigados.

Bruno Elander – Rádio Rio Mar

Foto: Polícia Federal