Educadores protestam contra reforma da previdência aprovada na Câmara Municipal de Manaus

Educadores protestam contra reforma da previdência aprovada na Câmara Municipal de Manaus

Educadores da rede municipal de Manaus seguem em greve contra a reforma da previdência aprovada na Câmara Municipal. O projeto, enviado pelo prefeito David Almeida, recebeu vinte e oito votos a favor, dez contra e três ausências. Agora, o texto segue para sanção do Executivo.

A proposta muda as regras de aposentadoria dos servidores. A idade mínima passa a ser de 62 anos para mulheres e 65 para homens. Para professores, essa idade reduz cinco anos. O cálculo do benefício também muda e começa em setenta por cento da média de todas as contribuições.

O professor Ivan Nascimento, Coordenador de Direitos Humanos da asprom da Asprom Sindical – Sindicato de Professores e Pedagogos de Manaus, disse que a reforma prejudica os servidores e desrespeita os idosos. Segundo ele, a aposentadoria é um direito e não pode ser reduzida.

Para o professor Raimundo Aragão, o movimento é um ato de resistência. Ele diz que o projeto “despreza a profissão e pune quem já dedicou tantos anos ao serviço público.

O movimento é organizado pela Asprom Sindical. Os professores chamam o projeto de “PL da Morte”, e dizem que a medida tira direitos e dificulta o acesso à aposentadoria. A greve começou no dia 13 de novembro e segue por tempo indeterminado. Trinta por cento dos profissionais da educação continuam trabalhando.

Os professores reivindicam mudanças nas regras de aposentadoria propostas pelo projeto, que incluem:

– Aumento da Idade Mínima para Aposentadoria:

– 62 anos para mulheres

– 65 anos para homens

– Mudanças no Cálculo do Benefício:

– Aposentadoria começa em 70% da média de todas as contribuições

– Aumento de 2% por cada ano de contribuição acima dos 25 anos

– Regras de Transição:

– Sistema de pontuação (idade + tempo de contribuição)

– Pedágio de 100% do tempo que falta para se aposentar

Votaram contra os vereadores:

Rodrigo Guedes, Ivo Neto, Eurico Tavares, Amaury Júnior, José Ricardo, Raiff Matos, Thaisa Lippy, Coronel Rossis, Sargento Salazar e Capitão Carpê.

 

A favor

Os demais votaram a favor enquanto Rosinaldo Bual (PMN) estava ausente devido à prisão.

 

Mudanças na previdência municipal

Idade mínima para aposentadoria: 62 anos para mulheres e 65 anos para homens.

Professores têm direito à redução de 5 anos na idade e no tempo de contribuição.

Cálculo do benefício: A aposentadoria começa em 70% da média de todas as contribuições.

Esse valor aumenta 2% por cada ano de contribuição acima dos 25 anos.

Regras de transição: Servidores atuais terão opções como sistema de pontuação (idade + tempo de contribuição) e pedágio de 100% do tempo que falta para se aposentar.

Direitos adquiridos: Quem já tem direito à aposentadoria manterá todos os benefícios, incluindo paridade e integralidade para quem ingressou até 2003, desde que cumpra os critérios de transição.

Abono de permanência: Mantido para servidores que continuam trabalhando mesmo após cumprir os requisitos para se aposentar. O valor do abono equivale à contribuição mensal.

Pensão por morte: A cota familiar será de 70%, somada a 10% por dependente, até o limite de 100%. Dependentes com deficiência ou inválidos terão direito a 100% do benefício, até o teto do Regime Geral de Previdência Social (RGPS).

Contribuição: As alíquotas não mudam. Continuam em 14% para servidores ativos e para aposentados e pensionistas que recebem acima do teto do RGPS.

Aposentadorias especiais: O projeto prevê regras específicas para Pessoas com Deficiência (PcDs) e para servidores expostos a riscos à saúde, com critérios adaptados para cada caso.

Rafaella Amorim, Rádio Rio Mar

  • Sakuratoto