Economia de energia no AM pode socorrer outras regiões em caso de desabastecimento

A iminente escassez hídrica do Brasil tem causado preocupação sobre a redução na geração de energia elétrica. Essa é a pior seca dos últimos 91 anos. No Brasil, 67% da energia gerada no país em 2021 e 62% da potência instalada vêm de usinas movidas pela força dos rios, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica.

A barragem da mineradora utilizada para geração de energia elétrica fica sob responsabilidade da Aneel. Foto: Divulgação Taboca

O país tem 739 centrais geradoras hidrelétricas, sendo apenas uma usina no Amazonas. Sem água suficiente nos reservatórios da região sudeste e centro oeste, a geração de energia fica comprometida. Quatro cidades amazonenses são conectadas ao Sistema Interligado Nacional: Manaus, Presidente Figueiredo, Iranduba e Manacapuru.

Segundo o Vice-presidente da Amazonas Energia, Radyr Gomes Oliveira, o amazonense não corre risco de desabastecimento, mas pode colaborar para minimizar os impactos da crise e reduzir o risco em outras regiões do país. É preciso economizar, já que a bandeira tarifária que encarece a conta de luz também vale para os quatro municípios do Amazonas interligados.

“Se a gente reduzir consumo e sobrar energia aqui, a gente manda de volta para o sistema interligado. Quando falta energia numa região, você pode buscar de outra. A gente não vai correr risco nenhum aqui  de desabastecimento. Se a gente tiver energia sobrando, a gente manda através de outra região do país, através do linhão, que possa estar necessitando”

A economia de energia é uma dica para todos os consumidores, mas a orientação é, sobretudo, para as quatro cidades interligadas nacionalmente. A maioria dos municípios do interior do Amazonas tem geração de energia independente. Coari, Codajás, Anori, Anamã e Caapiranga utilizam energia produzida por gás natural, por meio do gasoduto. Em Itacoatiara, parte da energia é suprida por biomassa e todo o restante por meio do diesel.

Bônus de economia

Para tentar sanar o problema crise hídrica e energética, o Governo Federal disse que vai criar um bônus para quem economizar energia.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, o desconto será destinado a quem economizar no mínimo 10% de energia entre os meses de setembro e dezembro, se comparado ao mesmo período do ano passado. A distribuidora deve informar na tarifa a meta de redução de cada família. O programa é válido para todos os consumidores regulares.

Ana Maria Reis / Rádio Rio Mar