A prefeitura de Manaus acumula uma dívida pública de R$ 4.817.007.719,95, em valores atualizados, segundo Sistema de Análise da Dívida Pública, Operações de Crédito e Garantias da União, Estados e Municípios (Sadipen). Neste total ainda não estão inclusos os R$ 600 milhões emprestados junto ao Banco do Brasil, em março deste ano, e que caiu na conta da prefeitura em junho passado.
Os débitos são referentes a 36 dívidas, entre as quais estão parcelamentos previdenciários, financiamentos e empréstimos junto à bancos nacionais e internacionais e, ainda, com o governo federal. A prefeitura de Manaus diz que a dívida pública mais recente, de R$ 600 milhões, é para o Programa de Melhorias da Infraestrutura Urbana e Tecnológica do Município de Manaus (Prominf).
A dívida mais antiga é de 1998, quando o então prefeito, Alfredo Nascimento, refinanciou dívidas externas do município, no valor de quase 8,5 milhões de dólares. O contrato foi assinado por prefeitura, governo federal, Banco do Brasil e Banco do Estado do Amazonas (BEA).
O endividamento da prefeitura de Manaus aumentou exponencialmente a partir de 2018, ano em que o prefeito Arthur Virgílio Neto emprestou e financiou um total de R$ 805,6 milhões junto ao governo federal, à Caixa Econômica e ao Banco do Brasil. Depois os empréstimos ficaram mais vultuosos e frequentes.
Em 2019 houve empréstimo de mais de R$ 600 milhões. Em 2020 outros R$ 300 milhões. Depois, em 2021, já na gestão de David Almeida mais R$ 400 milhões com prazo de 10 anos de pagamento e, em 2022, outros R$ 390 milhões junto ao governo federal e ao Banco do Brasil.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar
Foto: Valdo Leão / Semcom