O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) abriu um procedimento preparatório, nesta quarta-feira (17), para apurar suposto emprego e pagamento de nove ‘funcionários fantasmas’ pela deputada estadual Mayara Pinheiro (do Partido Progressista – o PP), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).
Como deputados tem foro privilegiado, a portaria publicada pelo MPAM cita apenas as iniciais do nome da deputada: M.M.F.P.R., de Mayara Monique Figueiredo Pinheiro Reis.
Apenas as letras iniciais dos supostos ‘funcionários fantasmas’ também são mencionadas na portaria. Porém, os nomes constam na denúncia inicial, feita pelo advogado Raione Cabral Queiroz, e que já passou pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE/AM).
Na representação, o advogado afirma que Mayara Pinheiro emprega no gabinete dela a sogra; duas ex-madrastas e a atual madrasta; um tio da madrasta; a babá da filha dela; uma tia e um primo; além de outra pessoa sem vínculo familiar. Conforme o denunciante, todas essas pessoas recebem sem trabalhar de fato na Aleam.
Por meio de nota, a deputada Mayara Pinheiro disse à Rádio Rio Mar que a investigação “nasce de uma denúncia infundada, proposta por adversários políticos de minha família, em Coari, com finalidades exclusivamente eleitoreiras naquele município”.
A parlamentar do PP disse que “as mesmas denúncias foram apresentadas ao Tribunal de Contas e a Corte já reconheceu a improcedência das acusações” e, “portanto, sobre este procedimento instaurado pelo Ministério Público, estou consciente de que a instituição está cumprindo suas funções institucionais de investigar, com minha colaboração irrestrita, para que ao cabo deste processo não restem dúvidas de que não foi cometido qualquer ilícito”.
Por fim, Mayara Pinheiro afirma que “confia no sistema judiciário” e se coloca “à disposição para auxiliar” no que estiver ao alcance dela.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar
Foto: Divulgação/Aleam