Em 2023, cresceram em 28% as denúncias de abuso e exploração sexual infantil na internet. Especialista alerta aos Pais e responsáveis para que fiquem atentos aos sinais e aos conteúdos acessados pelos menores nas mídias digitais.
(Foto: Agência Brasil)
Os dados divulgados são da Organização Não Governamental – ONG Safernet, que apontam um crescimento de 28% no número de denúncias de abuso e exploração sexual infantil na internet. Foram registradas 71.867 queixas, em 2023, frente ao recorde anterior, de 2008, quando foram contabilizadas 56.115 denúncias. Já na comparação com 2022, a alta foi mais expressiva, de 77,1%.
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Três fatores impulsionaram esse crescimento, de acordo com a ONG brasileira, sendo as demissões em larga escala feitas pelas empresas de tecnologia; a comercialização de imagens de nudez e sexo por parte de adolescentes; e o uso da inteligência artificial na criação desse tipo de conteúdo. A psicóloga Taiane Castro explica que a orientação dos pais e responsáveis é essencial no combate a essa prática criminosa.
De janeiro a agosto do ano passado, Manaus teve um aumento de 8,6% nos casos de estupro de crianças e adolescentes, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas – SSP/AM. Foram registradas 451 ocorrências. Já o Estado do Amazonas liderou o aumento de estupro de vulnerável no país, com um crescimento de 37%. Ainda segundo a especialista, as vítimas apresentam sinais de que estão sofrendo esse tipo de violência.
A Lei do Marco Civil da Internet, de número 2.965/2014, estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil. A regra prevê a responsabilidade dos provedores de internet em relação ao conteúdo publicado em suas plataformas, exigindo a remoção rápida de conteúdo ilegal, como imagens de abuso sexual infantil.
Nuno Lôbo – Rádio Rio Mar