CUFA Amazonas celebra a Amazônia Negra presente em territórios quilombolas

Neste dia 20 de novembro, dia da consciência Negra, sem reforçar estereótipos, a Central Única das Favelas (CUFA) no Amazonas propõe uma reflexão sobre ancestralidade, cultura e resiliência do povo preto, expressas em mais de 600 territórios quilombolas na Amazônia Legal.

Para a CUFA Amazonas, o mês de novembro é um marco de celebração, mas também de continuidade. A entidade reforça que o debate sobre identidade, pertencimento e valorização da cultura negra precisa ser permanente, atravessando o ano inteiro e todas as esferas da sociedade, como destaca o presidente da CUFA no estado, Alexey Ribeiro.

O mês de novembro é tido como emblemático para a cultura periférica.

A presença preta na Amazônia é profunda, diversa e viva. Segundo o Censo 2022, realizado pelo IBGE, 9,9% da população da Amazônia Legal se declara preta, enquanto 65,2% se identifica como parda, mostrando que a região é formada majoritariamente por pessoas de origem afrodescendente.

Além disso, um levantamento da CONAQ (Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas) e do Instituto Socioambiental (ISA) revelou que há 632 territórios quilombolas na Amazônia Legal, número 280% maior que o mapeamento oficial anterior. No Amazonas, o IBGE identificou 2.705 pessoas quilombolas em sete municípios, consolidando o estado como parte essencial da presença negra na floresta.

 

Rádio Rio Mar

Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

 

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