Nesta terça-feira (24), a CPI da Pandemia ouve um dos sócios da farmacêutica Belche, Emanuel Catori. A empresa atuou como intermediária do laboratório chinês Cansino na negociação com o Ministério da Saúde para fornecer 60 milhões de doses da vacina Convidencia.
A farmacêutica tem sede em Maringá, no Paraná, reduto eleitoral do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Outro sócio da Belcher é Daniel Moleirinho, filho de Francisco Feio, ex-diretor da Urbanização de Maringá durante a gestão de Barros. Daniel Moleirinho também atuou na Companhia de Saneamento do Paraná durante o governo de Cida Borghetti (PP), casada com Barros.
Na comissão, Barros foi questionado sobre sua relação com o empresário e com a Belcher. Ele afirmou que é amigo pessoal de Francisco e Daniel, mas negou que tenha participado de reuniões no Ministério da Saúde para facilitar a venda da vacina para a pasta.
A convocação de Catori foi requerida pelo vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Segundo o senador, o depoente terá que esclarecer “os detalhes das negociações para a venda da vacina chinesa Convidecia”.
Na última sexta-feira (20), a defesa de Catori ingressou no Supremo Tribunal (STF) com um pedido para ficar em silêncio na CPI.
Fonte: Agência Senado
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