A CPI da Pandemia ouve, nesta quinta-feira (19), o sócio-proprietário da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano. No Brasil, a empresa foi representante do laboratório indiano Barath Biontech, que fabricava a vacina Covaxin, e estaria envolvida em irregularidades nas negociações de compras do imunizante pelo Ministério da Saúde.
A vacina estava sendo negociada ao preço de 15 dólares a dose, e o contrato previa a aquisição de 20 milhões de doses, num total aproximado de R$ 1,6 bilhão, com a conversão da época.
O tema virou pauta da comissão após o servidor Luiz Ricardo Miranda denunciou que estava sendo pressionado para acelerar a compra. Ele é irmão do deputado federal Luiz Miranda (DEM-DF). Os dois disseram, durante depoimento na CPI, que avisaram o presidente Jair Bolsonaro sobre a suspeita de fraude na contratação.
Depois que as suspeitas tornaram-se públicas, o contrato foi cancelado pelo Ministério da Saúde, e a Bharat Biotech, rompeu com a Precisa em julho.
O requerimento para a oitiva desta quinta-feira (19) é do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que diz ser imprescindível esclarecer os exatos termos das tratativas entre a Precisa Medicamentos e o governo federal para aquisição da Covaxin.
Fonte: Agência Senado
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