A CPI da Pandemia ouve, nesta quarta-feira (1º), o motoboy Ivanildo Gonçalves da Silva. Ele está amparado por um habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Kassio Marques.
Em depoimento, Ivanildo afirmou sempre fazer os saques solicitados pela VTCLog na “boca do caixa”, já tendo retirado cerca de R$ 400 mil de uma vez. De acordo com ele, parte do dinheiro era usado para pagar boletos no próprio banco e o restante era devolvido em espécie.
O motoboy disse também que recebia as ordens de saque diretamente da funcionária Zenaide Sá Reis, que entregava os cheques pessoalmente a ele. Ivanildo informou que a agência que ele mais frequentava era a Caixa Econômica no Aeroporto de Brasília.
A VTCLog se tornou um dos principais alvos de investigação da CPI porque tem 400 contratos firmados com o governo federal. Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou que a empresa, operadora logística do segmento fármaco e de saúde, movimentou de forma suspeita R$ 117 milhões nos últimos dois anos.
Nesse documento, o nome do motoboy é citado várias vezes. Ele teria sacado o montante de R$ 4,7 milhões. A CPI já obteve imagens de depósitos feitos pelo motoboy em agências da Caixa e do Bradesco em benefício de Roberto Ferreira Dias, ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, apontado como responsável por possibilitar fraudes dentro do órgão.
Fonte: Agência Senado
Fotos: Agência Senado