O pescado é uma das principais proteínas consumidas no Amazonas. De acordo com dados da Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), desde 2021, mais de 680 toneladas de pescado já chegaram à mesa dos amazonenses por meio do Programa Peixe no Prato Solidário.
As feiras são outra opção de os consumidores terem acesso a peixes, mas o consumo no Amazonas gera preocupação entre a população por conta da presença de contaminação por metais pesados. A professora e pesquisadora de ecotoxicologia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Andrea Waichman, que se dedica à avaliação de risco ambiental e humano em regiões tropicais aponta que o alto índice de contaminação por metais pesados dos peixes, como o mercúrio, afetam mais as espécies carnívoras. Portanto, não é preciso restringir o consumo de todos os tipos de pescado.
A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) tem a proposta de incluir o pedido de análise de metais pesados à lista de exames já exigidos às agroindústrias de pescado e subprodutos de pescado durante o processo de certificação e/ou renovação de registro no Serviço de Inspeção Estadual (SIE-AM).
De acordo com o órgão, essa seria uma forma de garantir ao consumidor a qualidade dos produtos beneficiados pelos estabelecimentos credenciados e zelar pela saúde pública. Atualmente, existem no Amazonas mais de 40 Unidades de Beneficiamento de Pescado e Produtos de Pescado com registro no SIE-AM.
Rádio Rio Mar
Foto: Divulgação ADS