Conheça o canto da ave araponga da Amazônia, mais alto que turbina de avião a jato

Conheça o canto da ave araponga da Amazônia, mais alto que turbina e avião a jato

Conheça o canto da ave araponga da Amazônia, mais alto que turbina e avião a jato. Foto: Anselmo d’Affonseca

A fauna amazônica é rica em diversidade. Uma dessas riquezas é a ave araponga da Amazônia, pássaro de apenas 30 centímetros e 220 gramas, que emite um som de 125 decibéis, mais alto que uma turbina de avião a jato.

O canto de duas notas da ave é também mais alto que um show de rock, com 120 decibéis, e entre outras coisas, mais alto que uma furadeira, que tem 100 decibéis.

A ave é típica da região amazônica, e impressiona pelo vozeirão. O responsável pelas características relacionadas ao som emitido pelo animal foi o pesquisador Cohn-Haft. Ele explica que as características físicas do animal favorecem o alto volume na voz.

Ouça o áudio da reportagem:

“O macho tem músculos abdominais bem definidos. Ele tem uma barriga tanquinho. E isso claramente tem a ver com a produção do som da ave, e foi o que nos motivou a estudar o canto desse pássaro. O canto da araponga é o som mais forte entre todos os animais, é mais forte, porém, é um som curto. Ou seja, muita força, em pouco tempo. Demanda pulmão, demanda fôlego”, destacou.

Outro detalhe que chama a atenção é que segundo o pesquisador, o macho da espécie só canta como forma de cortejar a fêmea. Já as fêmeas, não emitem esse som.

“É surpreendente. Ele faz isso na tentativa de atrair a fêmea, cortejar. Estudos futuros devem trazer mais detalhes acerca desse comportamento”, concluiu.

A pequena ave não para de impressionar: em 2019 a araponga da Amazônia entrou para o livro dos recordes com o canto mais alto do mundo. Com toda essa bagagem, a ave é, no mínimo, impressionante.

 Comparações canto araponga da Amazônia
  • Canto araponga da Amazônia: 125 db
  • Turbina de avião a jato: 110 db
  • Serra elétrica: 110 db
  • Show de rock: 105 db a 120 db
  • Furadeira: 100 db

Fonte: Sociedade Brasileira de Otologia

Imagens: Anselmo d’Affonseca

Rebeca Beatriz – Rádio Rio Mar