A Polícia Militar do Distrito Federal montou um esquema de segurança ao redor do Congresso Nacional para impedir que manifestantes avancem sobre o gramado e se aproximem das principais entradas da Câmara e do Senado. A Avenida das Bandeiras, principal via de acesso à entrada central do Congresso, está interditada para o público em geral.
A mobilização policial ocorre devido à tensão gerada entre taxistas e motoristas de aplicativos que se manifestam sobre a proposta que pode deixar mais rígidas as regras para serviços de transporte individual, como Uber, Cabify e 99. Aprovado em abril pela Câmara dos Deputados, o projeto tramita em regime de urgência e deve ser votado hoje (31) pelos senadores.
Desde cedo, dezenas de motoristas de táxi e de transporte individual se posicionam na área central de Brasília. Até o momento, não houve intercorrência. Segundo a Central dos Sindicatos Brasileiros, que reúne mais de 20 sindicatos de taxistas do país, cerca de 8 mil táxis de vários estados devem se concentrar em frente ao Congresso Nacional para acompanhar a votação do projeto. Os taxistas defendem a proposta enquanto os motoristas de aplicativos querem impedir a aprovação da regulamentação dos serviços.
Entre outros pontos, o texto prevê vistorias periódicas nos veículos, idade mínima para os condutores, exigência de “ficha limpa” aos motoristas, adesão de placas vermelhas e licença específica para trabalhar. Para os motoristas de aplicativos, o projeto pode inviabilizar o trabalho deles. Já os taxistas acreditam que o projeto pode deixar a concorrência mais leal, com regras semelhantes para os dois profissionais, além de aumentar a segurança para os passageiros.
Manifestação
Na manhã de ontem, 30, os motoristas da Uber em Manaus realizaram uma mobilização contra a aprovação do projeto que tramita no senado. De acordo com a Cooperativa dos Condutores Independentes do Amazonas, cerca de 2 mil motoristas aderiram ao movimento. O protesto teve início na Avenida das Torres e terminou na Arena da Amazônia.
Fonte: Agência Brasil / Cíntia Valadares – Rádio Rio Mar