Às vésperas de completar 1 mês da prisão do vereador Rosinaldo Bual, do Agir do Amazonas, o caso segue sem análise na Câmara Municipal de Manaus. A detenção é resultado da Operação Face Oculta, do Ministério Público do Estado do Amazonas.

O parlamentar é acusado do crime de “rachadinha” dentro do gabinete. De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), 50 servidores eram obrigados a repassar metade do salário ao vereador.
Apesar de toda a repercussão, nenhuma decisão foi tomada quanto ao seu mandato no poder legislativo municipal. No dia 6 de outubro, o Comitê Amazonas de Combate à Corrupção protocolou um pedido de cassação assinado por advogados e cidadãos manauaras.
Diante da ausência de respostas, representantes do Comitê chegaram a realizar uma visita ao presidente da Comissão de Ética da CMM, vereador Joelson Silva, mas não foi possível obter respostas quanto ao atraso na tramitação do pedido de cassação.
A expectativa é de que o processo seja analisado esta semana, após o recesso parlamentar, relata a integrante do Comitê, advogada Elcilene Rocha.
Caso não ocorra a tramitação do pedido de cassação e o cumprimento dos prazos para o documento ser lido no plenário da CMM, o Comitê já planeja os próximos passos.
De acordo com o Comitê Amazonas de Combate à Corrupção há indícios robustos de materialidade e autoria dos crimes investigados, o que configura infrações previstas no Decreto-Lei nº 201/1967, que trata da utilização do mandato para fins ilícitos e de conduta incompatível com a dignidade parlamentar.
Rádio Rio Mar
Foto: Assessoria do vereador