O Amazonas registrou, pelo segundo mês seguido, queda expressiva na quantidade de queimadas. Depois da redução de 93% em julho, a diminuição alcançou 82%, em agosto. Os satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) identificaram 1.842 focos de calor, no mês passado. E essa é a menor quantidade de ocorrências para agosto desde 2011, quando houve 1.543 incêndios.
Além disso, no acumulado do ano, entre janeiro e agosto, o monitoramento do Inpe indica que as queimadas no Amazonas tiveram recuo ainda maior, de 84%, em relação ao mesmo período do ano passado.
Conforme o painel do Inpe, em 2025 o Amazonas acumula 2.340 incêndios. No ano passado, também em oito meses, o total estava em 15.235 queimadas.
E esse registro de 2.340 focos de calor entre janeiro e agosto de 2025 representa o menor acúmulo de focos de calor dos últimos 18 anos. Quantidade inferior a essa só foi identificada pelos satélites do Inpe no ano de 2007, quando o total foi de 2.016 ocorrências em oito meses.
De acordo com o superintendente do Ibama no Amazonas, Joel Araújo, a presença contínua do IBAMA em campo, associada a medidas de inteligência ambiental, uso de brigadas, helicópteros e ações punitivas em áreas críticas, fez com que o Amazonas deixasse o topo do ranking das queimadas na Amazônia.
Já o governo do Amazonas afirma que o avanço é resultado de uma estratégia integrada, com monitoramento ambiental, ações preventivas, fiscalização e articulação entre órgãos estaduais.
Segundo o governador do Amazonas, Wilson Lima, a redução é resultado do comprometimento e antecipação dos trabalhos do Comitê Permanente de Enfrentamento aos Eventos Climáticos.
Conforme o Painel do Clima do governo do Amazonas indica que o Estado é o 5º colocado no ranking de queimadas da Amazônia. E entre os municípios, aqueles com mais ocorrências em 2025 são: Apuí (472), Novo Aripuanã (259), Canutama (214) e Humaitá (203).
Bruno Elander – Rádio Rio Mar
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