Doar sangue é um gesto simples capaz de transformar e salvar vidas. O universitário Mackson Grijó é um doador.

Mas a quantidade de pessoas que possuem a mesma atitude ainda é pequena no Amazonas. E isso reflete no estoque crítico registrado pelo Hemoam nas últimas duas semanas. Uma média de 160 doações diárias, enquanto que o  ideal, para a segurança e manutenção do estoque, é entre 200 e 250. Teve dias em que a captação foi de cinco bolsas de sangue O-, bem abaixo do mínimo recomendado que corresponde a 18. Com relação ao O+, o registro chegou a 90, longe do ideal de 204.

De acordo com a gerente de captação de doadores do Hemoam, Margareth Rodrigues, desde janeiro, o estoque de sangue fica estável apenas quando se tem programações ou alguma divulgação na mídia, depois retorna a queda no número de doações. Para ela, a situação atual tem uma explicação.

Antes da pandemia, havia entre 230 e 250 doadores por dia. Atualmente, o máximo é de 190 pessoas. Para mudar essa realidade, desde agosto, o Hemoam desenvolve o projeto Primeira Doação que busca doadores na faixa etária de 16 a 18 anos.

O Amazonas tem somente um banco de sangue para abastecer o interior e a capital, tanto as instituições de saúde privada e pública. No momento, a situação mais crítica está relacionada as tipagens sanguíneas O+ e O-.

O Hemoam convoca doadores em geral para reverter este quadro. Os interessados precisam ter entre 18 a 69 anos e pesar mais de 50 quilos, além de estar com boa saúde. É importante estar bem alimentado e apresentar documento de identidade oficial com  foto (RG, CNH, Passaporte ou Carteira de Trabalho). Caso tenha entre 16 e 17 anos é necessário estar acompanhado do responsável ou representante legal. O ponto de coleta é a sede do Hemoam.

Tania Freitas – Rádio Rio Mar

Foto: Arquivo Hemoam