O calor, a alta temperatura e a ausência de chuvas formam o cenário perfeito para uma boa diversão. Mas pequenas poças de água que se formaram durante a seca do Lago de Tefé, interior do Amazonas, podem ser nocivas à saúde humana. As piscinas naturais formadas pela seca do rio, geralmente, são usadas por banhistas e pescadores. Por causa disso, os cientistas do Instituto Mamirauá não recomendam o uso desses locais para fins recreativos. A água que fica presa com a vazante do Rio acumula muito sedimento e fica com muitas impurezas.
De acordo com pesquisadores do Instituto Mamirauá, o baixo nível de oxigênio e a temperatura elevada da água são prejudicais aos animais e também à saúde da população. O cientista Ayan Fradman, é um dos pesquisadores que monitoram o comportamento de subida e descida da água na região do médio Solimões e fala da seca esse ano.
Por causa da estiagem, em uma semana, mais de 130 Botos foram encontrados mortos nessa região de Tefé. Segundo os pesquisadores de Mamirauá, a mortandade dos animais foi provocada pela combinação de falta de oxigênio e o aquecimento excessivo da água.
A descida da água na região do médio Solimões alterou a rotina da população de Tefé e de cidades vizinhas que estão tendo dificuldades para transportar alimentos pelo Rio. Algumas comunidades rurais da cidade de Alvarães estão com abastecimento de água potável comprometida, como afirma o Prefeito de Alvarães, Lucenildo Macedo.
Alvarães e Tefé entraram na lista dos municípios amazonenses em situação de emergência por causa da estiagem. Ao todo, 60 das 62 cidades do Estado estão afetadas pela vazante dos Rios.
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Orestes Litaiff – Rádio Rio Mar
Foto: Ascom/Mamirauá