CMM vai aguardar “devido processo legal” para instaurar procedimento político contra vereador preso

O Conselho de Ética e a mesa diretora da Câmara Municipal de Manaus – CMM ainda não adotaram medidas práticas sobre a prisão do vereador Rosinaldo Bual, por corrupção. O parlamentar é suspeito de chefiar um esquema de “rachadinha” dentro do seu gabinete na Casa Legislativa.

(Foto Divulgação)

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O vereador Rosinaldo Bual, do Agir, e a chefe do gabinete dele, identificada como Luzia Seixas Barbosa, foram presos na última sexta-feira 03/10, durante a “Operação Face Oculta”, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – Gaeco, do Ministério Público do Amazonas – MPAM. O parlamentar e a assessora são suspeitos de comandarem um esquema de “rachadinha” dentro do gabinete dele. Segundo o Gaeco, Rosinaldo Bual movimentou R$ 5 milhões, valor considerado incompatível com o salário mensal do vereador, que é de pouco mais de R$ 26 mil.

Nesta segunda-feira 06/10, o presidente da Comissão de Ética da Câmara Municipal de Manaus, vereador Joelson Silva, afirmou que o colegiado ainda não foi acionado, oficialmente, para avaliar a prisão do parlamentar.

No final da sessão plenária de hoje, o presidente da CMM, o vereador Davi Reis, do Avante, citou o princípio da presunção de inocência, previsto na Constituição Federal, para afirmar que vai aguardar o devido processo legal, para então instaurar ou não um procedimento político contra o vereador.

O vereador Rodrigo Guedes, do Progressistas, defendeu que seja instaurado um processo de cassação contra o vereador Rosinaldo Bual, como uma resposta à população.

O vereador Rosinaldo Bual permanece preso e afastado das suas atividades parlamentares, mas continua recebendo salário e benefícios.

Nuno Lôbo – Rádio Rio Mar 

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