A violência infantil vai além de marcas no corpo, ela é irreversível, machuca e causa danos psicológicos graves – pode desencadear depressão, fobias, transtornos, automutilação e até levar ao suicídio. Na maioria das vezes, esses são sintomas que são levados para toda uma vida.
Nos dois primeiros meses deste ano, Manaus teve um aumento de 33% no total de crimes contra crianças e adolescentes. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas.
Em 2022, o Estado registrou 1.342 casos de maus-tratos, lesão corporal e até tortura contra crianças e adolescentes. Em média, três vítimas foram agredidas por dia. O número é 50% maior que em 2021, quando foram registrados 891 casos.
No geral, os crimes de violência acontecem dentro da casa da vítima, praticados pelos próprios familiares, como destaca a delegada Joyce Coelho, titular da unidade especializada, a violência muitas vezes acontece dentro da casa da vítima.
Dentre as orientações para evitar casos de assédio contra crianças e adolescentes está no ato de observar o comportamento da criança, caso ela seja extrovertida e fique mais retraída, se isole de outras crianças, demonstre irritabilidade, torne-se agressiva ou tenha muitos pesadelos à noite.
As denúncias de abuso e exploração sexual podem ser feitas pelo Disque 100; pessoalmente, no conselho tutelar mais próximo ou em delegacias de polícia civil. Em Manaus, o registro é realizado na Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente, na zona oeste da capital. Não é necessário revelar a identidade para denunciar. O Disque 100 é um serviço gratuito para denúncias de violações de direitos humanos. Qualquer pessoa pode fazer uma denúncia pelos serviços, que funcionam 24h por dia, incluindo sábados, domingos e feriados. Além de cadastrar e encaminhar os casos aos órgãos competentes, a Ouvidoria recebe reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento.
Hiolanda Mendes – Rádio Rio Mar