Carnaval 2022: Banda do Boulevard suspende bloco na rua e escolas de samba mantém desfile

A Banda do Boulevard anunciou em suas redes sociais que não irá colocar o tradicional bloco nas ruas no Carnaval 2022, em virtude da preocupação com a ameaça da Covid-19 e a possibilidade do surgimento de novas variantes do coronavírus. O texto menciona que: “é exatamente por ser uma festa coletiva que devemos ter todo o cuidado para proteger nosso próximo de qualquer imprevisto capaz de comprometer sua saúde”.

No comunicado, a Banda do Boulevard também declarou que os próximos meses devem ser de observação e não de colocar as pessoas em risco e conclamam a população a se vacinar.

Enquanto isso, a incerteza sobre o Carnaval e outras festas perpassa todos os segmentos que trabalham com eventos. O Desfile das Escolas de Samba em Manaus já está com o calendário definido.

O vice-presidente e diretor de carnaval da Ceesma (Comissão Executiva das Escolas de Samba de Manaus) Adalberto Filho afirma que o desfile, por enquanto, está mantido.

“O Carnaval é uma fonte de renda e de geração de inúmeros empregos diretos e indiretos. Estamos trabalhando para que ocorra um grandioso desfile em 2022, mas realmente, de fato, houve essa inconsistência durante essa semana devido essa variante. Porém já houve manifestações, algumas reuniões e, de imediato, está mantido, mas não sabemos como vai ficar essa questão até fevereiro que é a data do desfile”, afirmou.

Para desfilar e assistir ao Carnaval 2022 em Manaus, a Comissão definiu que o pré-requisito será ter tomado as duas doses de vacina.

O Amazonas tem 65% da população acima de 12 anos com o esquema vacinal completo. A taxa de cobertura em Manaus chega a 75%.

Para o epidemiologista Jesem Orellana é prudente que o réveillon na capital amazonense seja cancelado em respeito aos mais de 13,8 mil mortos pela doença em todo o Estado.

Além disso, ele lembra a ameaça da nova variante Ômicron, a baixa cobertura vacinal e o período de maior contato interpessoal por causa das festas de fim de ano, sem contar o aumento de 70% dos casos de Covid-19 nos últimos meses.

“Nós precisamos, pelo menos ser cautelosos e suspender já de imediato o réveillon e avaliar melhor a evolução da epidemia e os possíveis impactos dessa nova variante Ômicron nas próximas seis semanas ou oito semanas para tomar uma decisão em definitivo em relação ao Carnaval”, conta.

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Ana Maria Reis / Rádio Rio Mar