O Boi-Bumbá Caprichoso é Bicampeão do 56º Festival Folclórico de Parintins. A apuração aconteceu na tarde desta segunda-feira (3), na sala de reunião da Secretaria de Cultura, no Bumbódromo. Neste ano, os troféus ganharam uma versão sustentável, confeccionados com fibra de vidro, além disso, 24 troféus foram concedidos às agremiações.
Com o tema “Ancestralidade: a semente das nossas lutas”, como parte inicial do projeto “O Brado do Povo Guerreiro”, o Caprichoso encerrou as três noites de competição no Bumbódromo.
Na primeira noite, a apresentação prestou homenagem aos antepassados, exaltando as raízes ancestrais do povo Caprichoso.
Os pontos altos da apresentação do Caprichoso foram a entrada da cunhã-poranga, Marciele Albuquerque, que evoluiu com a toada “Guerreira das Lutas”, a evolução da tribo coreografada com a participação do pajé Erick Beltrão ao som de “Yreruá – Festa do Guerreiro”, e a evolução do item com a toada “Maraka’yp”, que encerrou a apresentação.
Para levar o boi à arena, foram construídas 12 alegorias para as três noites de apresentação, além de um módulo aéreo com um guindaste de 500 toneladas e 22 metros de altura, considerado um dos maiores do Brasil.
O boi Caprichoso encerrou a segunda noite com o espetáculo “Resistência: a força da nossa existência” que integra o tema deste ano “O Brado do Povo Guerreiro”. A segunda noite teve mais quatro alegorias e módulos aéreos que trouxeram itens como cunhã-poranga e o boi-bumbá.
Como Lenda Amazônica, o bumbá apresentou O “Veleiro Cabano do Uaicurapá”, onde os artistas exaltam a resistência das mulheres amazônidas pelas lutas contemporâneas do povo cabano. A Figura Típica Regional, reverenciou os Quilombolas da Amazônia. O público também se emocionou com o Ritual Indígena com a Iniciação Masculina Munduruku Marupiara, que marca a entrada dos futuros guerreiros.
Na terceira parte, o brado do Caprichoso reclamou os “saberes e fazeres” dos povos da Amazônia expressos na cultura popular, bradando que, enquanto houver opressão, haverá resistência e que o saber popular deve ser usado como arma contra a intolerância, os racismos, os preconceitos e repressões de toda a sorte.
Confira Galeria de Fotos
Galeria 1ª noite de Festival (30/06): Tema “Ancestralidade: a semente das nossas lutas”
Galeria Fotos 2ª noite (1º/07): Tema: “Resistência: a força da nossa existência”. Exaltou a luta indígena e quilombola.
Galeria Fotos 3ª noite (02/07): Terceiro ato do tema “O Brado do Povo Guerreiro” exaltou a cultura popular dos povos da Amazônia.
Rádio Rio Mar
Fotos: Alex Pazuello / Secom e Redes Sociais Caprichoso