A maioria das embarcações que navegam pelos Rios do Amazonas não tem isolamento térmico. Isso significa que viajar durante o Verão Amazônico é um desafio entanto, por causa do calor. Os especialistas afirmam que o Amazonas enfrenta o verão Amazônico mais severo dos últimos anos. A ausência de chuvas e as altas temperaturas viram um tormento para os amazonenses, principalmente, aqueles que fazem viagens longas em barcos pelo interior do Estado. A maioria dessas embarcações são fabricadas por chapa de aço ou ferro e não tem isolamento térmico.
Com isso, as embarcações absorvem mais calor do que normal. Em determinados momentos da viagem, o calor é insuportável, relatam os passageiros. A Márcia Souza, que fez uma viagem de três dias pelo Rio Solimões, diz que até para tomar banho nas embarcações virou pesadelo por causa do calor. Ouça o que diz a passageira.
A sensação de calor dentro das embarcações aumenta, por causa da ausência das correntes de ventos nessa época do ano. Segundo a aposentada, Maria Candida, a situação se agrava, quando os raios solares refletem n’água e potencializam o calor.
“Três horas da tarde, o calor é crítico durante as viagens de barco. O Sol reflete na água e entra na embarcação. A gente fica deitado na rede e parece que o Sol estar dentro do barco. É uma sensação horrível”, afirma a aposentada.
Além do calor, os passageiros ainda sofrem com os efeitos das queimadas. A fumaça compromete a visibilidade da navegação e prejudica a saúde dos passageiros, reclama o servidor público, Edimar Santos. “Como se não bastasse o calor, a fumaça arde o olho e a garganta. Em alguns trechos da viagem, a gente fica sem ar de tanta fumaça”, o Edimar.
Os incômodos do verão amazônico devem continuar até meados do mês de novembro, quando as chuvas devem começar a aparecer. Até lá, os amazonenses que, precisam viajar de barco, são obrigados a conviver com o calor dentro das embarcações.
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Orestes Litaiff – Rádio Rio Mar
Foto: Chico Batata/Facebook