De acordo com a Opas – Organização Pan Americana de Saúde, estima-se que uma em cada 160 crianças tem TEA -transtorno do espectro autista. No Brasil, o portal brasileiro Canal Autismo diz que o número de pessoas pode chegar a 4,8 milhões. Esse transtorno afeta a parte comportamental e do desenvolvimento psicomotor e social. Os sinais do autismo já são visíveis na infância, podendo envolver dificuldades de comunicação, interação social e coordenação motora.

Durante as investigações médicas e o fechamento do diagnóstico, ter assistência e rede de apoio é fundamental. Para atender a demanda em Manaus, o Caic – Centro de Atenção Integral à Criança – Dr. José Contente, localizado na zona Leste da capital, criou um grupo de ajuda mútua às famílias de crianças com autismo. Ele é formado por mães e responsáveis com o objetivo de orientar e acolher os familiares das crianças.

A técnica de enfermagem do Caic, Joyce Queiroz é mãe de um menino de 10 anos com autismo. Ela relata que no início não teve o suporte de um grupo de ajuda e precisou buscar sozinha as informações.

O grupo surgiu após a direção e servidores do Centro notarem o crescente número de pacientes com autismo que realizam acompanhamento na unidade e a procura pelo diagnóstico do transtorno. De acordo com a diretora do Caic, Helione Pontes, a experiência dos profissionais ajudou a iniciativa.

No sentido de acolher as mães de autistas, este é o primeiro grupo de ajuda mútua dentro de uma unidade de saúde do estado. Os encontros acontecem a cada 15 dias, e abordam temas, como: diagnóstico x processo de negação, papel fundamental da escola e conscientização social. O próximo deve acontecer no dia 20 de abril, no Caic Dr. José Contente, zona Leste de Manaus.

Tania Freitas – Rádio Rio Mar: A informação a serviço da cidadania

Foto: Artur Castro/Secom