Cadastros de corretoras e empresas de telemarketing eram usados como base de dados para fraudes em saques no sistema do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) da Caixa Econômica, em Manaus, Brasília e Imperatriz-MA. A informação é da Polícia Federal (PF), que deflagrou a Operação Caçada Implacável, nesta quarta-feira (26), no Amazonas, Distrito Federal e Maranhão.
De acordo com o delegado da PF no Amazonas, Paulo Marques, a investigação começou com a prisão de um homem em flagrante, no dia 19/7/2022. Na ocasião, o indivíduo tentava viabilizar fraudes em saldo de uma conta vinculada ao FGTS de uma outra pessoa, com documento falso, em uma agência da Caixa Econômica de Manaus.
Conforme o delegado Paulo Marques, as buscas e apreensões têm como objetivo avançar nas investigações. O foco inicial é desarticular o grupo criminoso com acesso à cadastros de corretoras e empresas de telemarketing. A PF também quer saber se as empresas contribuíam para as ações criminosas da quadrilha.
De acordo com a PF, com a análise de materiais eletrônicos apreendidos e outras diligências investigatórias, surgiram evidências de que a atuação criminosa não era isolada e existem, pelo menos, quatro coautores, que atuavam de forma organizada, estável e permanente, com robustos sinais de divisão de tarefa.
Conforme a PF, as vítimas são oriundas de cadastros de seguradoras e, pelo menos, duas investigadas tinham acesso aos dados cadastrais de pessoas em empresas de telemarketing.
A PF também percebeu que o grupo criminoso distribuía os saques fraudulentos entre seus integrantes de acordo com as características físicas aproximadas das vítimas, como gênero e idade.
Da Redação
Foto: PF/Divulgação