O Butantan enviou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) um pedido de autorização para realizar estudo clínico do soro anticoronavírus, desenvolvido pelo instituto desde o ano passado a partir do plasma de cavalos.
O objetivo do soro é amenizar os sintomas da doença nas pessoas já infectadas. Ele não é capaz de curar nem de prevenir a doença. O estudo é coordenado pelos médicos Esper Kallás e José Medina, da Universidade de São Paulo.
A autorização vai permitir que o soro seja aplicado em pessoas contaminadas pela doença e, depois, que se descubra qual a dose necessária para obter os efeitos desejados.
O vírus inativo não provoca danos aos cavalos nem se multiplica no organismo, mas estimula a produção de anticorpos. Os técnicos retiram o plasma do cavalo, que faz parte do sangue do animal, e levam para a sede do Butantan, na Zona Oeste de São Paulo. Os anticorpos são separados do plasma e se transformam em um soro anti-Covid.
De acordo com o diretor do instituto, Dimas Covas, foi enviado à Anvisa um “dossiê de desenvolvimento clínico desse produto” e que espera receber “até o final do dia de hoje as observações da agência”.
Uma vez autorizados, segundo o diretor, os testes serão feitos inicialmente com pacientes transplantados de rim, no Hospital do Rim, e em pacientes comorbidades no Hospital das Clínicas.
Ainda de acordo com o diretor, testes feitos em animais apontaram nos resultados que o soro é seguro e efetivo.
Da redação da Rádio Rio Mar
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