O Brasil ultrapassou nesta quinta-feira (29) a marca de 400 mil vidas perdidas decorrentes da Covid-19. De acordo com o consórcio de veículos de imprensa, no início da tarde, o total de mortos chegou a 400.021. Dessa forma, o país ocupa o 2º lugar entre os que mais registraram óbitos, depois dos Estados Unidos. Proporcionalmente à sua população, o Brasil está em 13º. Desde o início da pandemia, são 14.541.806 infectados pelo coronavírus, o terceiro com mais contaminados no planeta. O Brasil concentra 9,7% de todos os casos e 12,6% de todas as mortes do mundo.
Veja o gráfico que registra as mortes em todo o mundo:
Em 6 de abril, o Brasil registrou, pela primeira vez, mais de 4 mil mortes em um único dia, contribuindo para que no dia 12 a média diária alcançasse 3 mil vidas perdidas. Entre março e abril, foram 100 mil mortes registradas em apenas 36 dias. Com os sucessivos recordes de mortes, o Senado Federal instalou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia para apurar as ações do Governo Federal no enfrentamento da crise sanitária.
A CPI aprovou a convocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e dos três ex-ministros: Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello. Todos vão comparecer ao Senado na condição de testemunhas, já que atuaram durante a pandemia na gestão do Presidente Jair Bolsonaro.
A CPI é presidida pelo Senador Omar Aziz (PSD-AM) e tem dado destaque ao colapso no Estado do Amazonas, no mês de janeiro.
Crise no Amazonas:
3% das mais de 400 mil mortes no Brasil foram registradas no Amazonas, com 12.587 vítimas até esta quarta-feira (28). O Estado foi o primeiro a entrar em colapso, tanto na primeira como na segunda onda da pandemia e desencadeou o agravamento da crise no restante do País. A falta de oxigênio no dia 14 de janeiro colocou a cidade de Manaus nos principais noticiários do mundo.
Vacinação:
Ainda faltam vacinas em quantidade suficiente para imunizar toda a população, mas o Brasil é o 5º que mais vacinou e mantém uma média de 900 mil vacinas aplicadas por dia. Algumas localidades, como Manaus, suspenderam a aplicação da primeira dose da CoronaVac por falta do insumo, decorrente da escassez da matéria prima para fabricação das doses. Atualmente, 10% da população da capital do Amazonas está imunizada, já que foram aplicadas 467.021 doses até esta quinta (29). Já no Amazonas foram mais de 800 mil doses aplicadas.
Ana Maria Reis e Manoela Moura / Rádio Rio Mar