O Ministério da Saúde informou, nessa quarta-feira (10), que está monitorando 28 casos suspeitos de um tipo de hepatite aguda infantil de origem desconhecida. São dois no estado do Espírito Santo, quatro em Minas Gerais, três no Paraná, dois em Pernambuco, sete no Rio de Janeiro, dois em Santa Catarina e oito em São Paulo.
Em nota, a pasta informou que os casos seguem em investigação, e que os centros de informações estratégicas de Vigilância em Sáude (Cievs) e a Rede Nacional de Vigilância Hospital (Renaveh) monitoram qualquer alteração do perfil epidemiológico, assim como casos suspeitos da doença.
O ministério orientou os profissionais de saúde a notificar imediatamente à autoridade sanitária os casos suspeitos da doença.
A doença de origem desconhecida está acometendo crianças em pelo 20 países. A doença se manifesta de forma muito severa e não tem relação direta com os vírus conhecidos da enfermidade. Em cerca de 10% dos casos foi necessário realizar o transplante de fígado.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 200 casos, até o último dia 29, haviam sido reportados no mundo, a maioria no Reino Unido. Houve relatos também na Espanha, Israel, Estados Unidos, Dinamarca, Irlanda, Holanda, Itália, Noruega, França, Romênia, Bélgica e Argentina. A doença atinge principalmente crianças de um mês a 16 anos. Até o momento, foi relatada a morte de uma criança.
Em comunicado divulgado em 23 de abril, a OMS disse que não há relação entre a doença e as vacinas utilizadas contra a Covid-19.
De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), os pacientes da hepatite aguda apresentaram sintomas gastrointestinais, incluindo dor abdominal, diarreia, vômitos, e icterícia. Não houve registro de febre.
O tratamento atual busca aliviar os sintomas e estabilizar o paciente se o caso for grave. As recomendações de tratamento deverão ser aprimoradas, assim que a origem da infecção for determinada.
Fonte: Agência Brasil
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