Um boletim divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz mostrou que Manaus está entre as 20 capitais do país que apresentaram tendência de aumento nos casos de Síndrome Aguda Respiratória (SRAG), nas últimas semanas.
A síndrome é um desconforto respiratório, com os mesmos sintomas da gripe, resfriado e até do coronavírus, mas acontece quando há uma infecção no pulmão não tratada de forma correta, por exemplo. Atualmente, todas as regiões do Brasil registraram aumento nos casos notificados e confirmados.
Só este ano, já foram notificados 141.808 casos de SRAG no Brasil. Quanto à origem desses casos, 50 % apresentam resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, como o SARS-COV2, que causa a covid-19 e o Influenza A, vírus da gripe. Outros 35% testaram negativo e 8% ainda aguardam resultado laboratorial.
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O epidemiologista Jessem Orellana comentou o que pode ter motivado esse aumento no total de casos da síndrome aguda respiratória.
“Acontece pela falsa sensação de que primeiro a vacina tem um efeito permanente e para o resto da vida, e que ela sozinha pode fazer milagres. Hoje as estatísticas hoje de coberturas vacinais, de forma geral, são muito baixas. Há um abandono praticamente generalizado do uso de máscaras, da testagem nas unidades de saúde, nos postos de saúde, e ainda aglomerações sendo promovidas pelas autoridades. Por esses motivos, nós acabamos mais uma vez às voltas com a epidemia de covid-19, por acreditarmos equivocadamente que a pandemia acabou”, disse.
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Para prevenir os casos de SRAG, os órgãos de saúde orientam manter o ciclo vacinal atualizado, com todas as vacinas reforçadas, como a imunização contra a gripe e contra a covid-19.
Além disso, é importante manter alguns cuidados, como a higienização frequentemente as mãos; utilizar lenço descartável para higiene nasal; cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir, evitar tocar os olhos, o nariz e a boca. Itens como talheres, pratos, copos ou garrafas devem ser de uso pessoal. Outra dica importante é manter-se bem alimentado e beber bastante água.
Rebeca Beatriz – Rádio Rio Mar