Barco Voador – Já pensou se existisse um meio de transporte capaz de voar e navegar, ao mesmo tempo, pelos caminhos da Amazônia? A novidade é que esse veículo já existe.
Com capacidade para até dez passageiros ou o equivalente a uma tonelada em carga, o ‘barco voador’ foi desenvolvido pela startup amazonense Aeroriver. O objetivo é usar a tecnologia para solucionar problemas logísticos da região.
Um dos fundadores do projeto é o estudante de Engenharia Aeronáutica e diretor da AeroRiver, Lucas Guimarães. Ele explicou como funciona aeronave/embarcação, e o que a diferencia das convencionais.
“Barco voador é uma expressão que a gente encontrou para popularizar e até escrever um pouco do funcionamento do veículo, mas na verdade estamos fazendo um veículo de efeito solo. Esse tipo de aeronave utiliza da pouca distância em relação a alguma superfície, que no caso o nosso vai ser o rio, para diminuir o arrasto induzido, e com essa diminuição a gente consegue economizar cerca de 40% no combustível em relação a alguma aeronave convencional. Essa é a grande novidade, a grande vantagem do veículo de efeito solo em relação a qualquer outro tipo de aeronaves”, explicou.
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Ainda de acordo com o desenvolvedor, a equipe que trabalha na elaboração do projeto é genuinamente amazonense, o que garante uma compreensão maior a respeito de quais são as necessidades de logística da região.
“Na nossa região o transporte é feito o majoritariamente através dos barcos. E o veículo de efeito solo que a gente está produzindo, o nosso barco voador vai operar 150 km por hora na velocidade de cruzeiro. Ele vai operar também através dos rios aproveitando um caminho que já existe, a infraestrutura já existe. Essa tecnologia e vai trazer muitos benefícios principalmente para quem precisa se locomover e mora no interior. Fora isso, a tecnologia que está sendo criada é puramente amazônica. A nossa equipe é formada por engenheiros da região, então a gente conhece as nossas necessidades e sabe o que tem que fazer para suprir toda essa demanda”, concluiu Lucas.
O próximo passo em relação ao projeto é conseguir a certificação do veículo junto à Marinha e à Agência Nacional de Aviação Civil, e por fim, a produção do veículo para comercialização. Com isso, o veículo deve começar a operar na região dentro de um prazo de dois ou três anos.
Rebeca Beatriz – Rádio Rio Mar