Baixa cobertura vacinal pode favorecer aumento de casos de coqueluche no Brasil

Baixa cobertura vacinal pode favorecer aumento de casos de coqueluche no Brasil.

A coqueluche é uma doença respiratória altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis. De acordo com o médico infectologista, Marcelo Cordeiro, a transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto do doente com uma pessoa não imunizada por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar.

O calendário vacinal deve ser iniciado a partir dos 2 meses de idade e consiste em três doses da tríplice bacteriana (DTPa) ou pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Emophilus influenze tipo b. Essas doses são aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de vida, com intervalos mínimos definidos. Após o esquema primário, as crianças devem receber as doses de reforços aos 15 meses e entre 4 e 6 anos de idade. Adolescentes e adultos também devem receber doses de reforço a cada 10 anos.

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda uma dose da vacina dTpa durante cada gestação, a partir da 20ª semana gestacional, para proteger o bebê nos primeiros meses de vida, antes que ele possa iniciar o próprio esquema vacinal. Profissionais de saúde, incluindo parteiras e estagiários em áreas críticas, como UTI neonatal, também são prioritários para a vacinação contra a coqueluche.

 

Yuri Bezerra, Rádio Rio Mar

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil