Em pronunciamento com o governador Wilson Lima na última segunda-feira, a secretária de gestão do trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro orientou uma série de procedimentos polêmicos do ponto de vista científico. Alguns são considerados arriscados pelos pesquisadores em Manaus, como a prescrição da cloroquina, medicamento utilizado em pacientes com malária.
“E aí você que tem medo, porque a gente ouve na imprensa, a gente ouve alguns veículos que prestam mais desinformação do que informação séria dizendo que esses medicamentos não funcionam e, hoje, a gente já tem evidência científica suficiente, inclusive avaliadas pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Amazonas, fazendo com que a gente possa ter muita tranquilidade para receber medicamentos que vocês aqui no Amazonas já usam há muito tempo para tratamento da malária, com baixíssimo risco de causar efeitos colaterais”, declarou.
Na região Amazônica, a cloroquina só é liberada por órgãos de saúde estaduais para pacientes com um tipo específico de malária, a malária vívax, e precisam, obrigatoriamente, apresentar prescrição médica. Já a hidroxicloroquina, derivado da cloroquina, é liberado para pacientes com doenças reumáticas ou Lúpus.
O diretor presidente da Fundação de Medicina Tropical, Dr Marcus Guerra, explica que ainda há controvérsias entre os estudos sobre a eficácia do medicamento. O perigo é que a cloroquina é altamente absorvida pela corrente sanguínea e, por isso, ninguém deve se automedicar. Confira a reportagem:
Ana Maria Reis e Bruno Elander – Rádio Rio Mar