Audiência pública sobre mediadores para PCD’s nas escolas segue sem data definida na CMM

Uma semana após a aprovação de uma audiência pública para discutir sobre a contratação de mediadores para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e deficientes na Câmara Municipal de Manaus, a casa legislativa ainda não tem uma data definida. A medida foi estabelecida após pressão nas redes sociais, além de manifestação de pais, responsáveis e instituições ligadas a causa, na galeria da CMM. Os parlamentares chegaram a rejeitar por 16 votos a 8, uma audiência pública na última semana.

Em toda a rede municipal de ensino, são 7.833 estudantes com deficiência. Desses, 3.824 são autistas, conforme dados da Secretaria de Educação de Manaus (Semed). Atualmente, a pasta dispõe de 10 programas para assistir crianças que precisam do suporte de profissionais capacitados para acompanhar esses alunos. Em média, 195 atendimentos são realizados, incluindo domiciliar.

Mas segundo a Adriana Maciel, mãe de criança autista, a assistência ainda não é a ideal e por isso defende a ampliação do número de mediadores nas salas de aula.

A secretária de Educação de Manaus, Dulce Almeida, relata que quando assumiu a pasta a rede tinha um pouco mais de 170 mediadores e que em um ano esse aumentou quase cinco vezes.

O presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Caio André, afirma que a audiência pública irá acontecer e todos serão ouvidos.

O jovem autista, João Luiz, chama a atenção dos parlamentares casa legislativa para importância de discutir o tema da ampliação de mediadores nas escolas.

Durante os 30 dias deste mês é realizada a campanha de Abril Azul instituída pela ONU em 2008. A iniciativa buscar conscientizar a população sobre a inclusão de pessoas com transtorno do espectro autista.

 

Rádio Rio Mar

Foto: Emerson França / CMM