Você confere a validade do álcool em gel que você tem em casa? O uso do produto vencido além de não ser eficaz, traz riscos à saúde.
Desde o início da pandemia, o álcool em gel é um forte aliado no combate ao coronavírus. Mas o uso seguro do produto faz toda a diferença.
Um detalhe que passa despercebido por muita gente é o prazo de validade do álcool em gel. A validade do composto químico varia entre 24 e 36 meses, dependendo da recomendação do fabricante.
Quando esse prazo é atingido, o produto, além de não fazer mais efeito, pode, ainda, resultar em riscos para a saúde, principalmente para a pele.
Segundo o doutor em Química Willian Hayasida, o perigo está na composição da substância.
“O prazo de validade, vencimento, nada mais é do que uma estimativa em que a indústria garante às condições das especificações daquele produto. Lembrando que o etanol, princípio ativo, precisa estar com a concentração de 70%, é um composto volátil e o nosso clima quente facilita então que ele passe do estado líquido para o estado gasoso. O outro componente são os polímeros, que também junto com a água podem se tornar um meio de cultura para bactérias e fungos. É importantíssimo estar atento às características e especificações da solução”, disse.
O álcool de boa qualidade atua diretamente na pele como um agente antisséptico e reduz a quantidade dessas bactérias e até mesmo dos vírus.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda que o álcool em gel seja produzido conforme as normas do Formulário Nacional de Farmacopeia Brasileira, uma publicação voltada para médicos e farmácias de manipulação.
Caso o álcool em gel tenha atingido a data de validade, o correto é descartá-lo imediatamente.
Rebeca Beatriz – Rádio Rio Mar