Por Mário Ricardo – Especialista em Gestão de Trânsito
Segundo dados divulgados pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), o Amazonas ocupa a primeira posição no ranking dos piores estados para dirigir no Brasil. O levantamento considera fatores que afetam diretamente a mobilidade urbana e a segurança dos motoristas e pedestres.
Um dos principais problemas está relacionado às condições das vias. Buracos, má sinalização viária e falta de iluminação adequada comprometem não apenas a fluidez do trânsito, mas também aumentam os riscos de acidentes, dificultando a rotina de quem depende diariamente do transporte terrestre.
A fiscalização de trânsito também enfrenta desafios. Embora haja a presença de blitz e equipamentos de fiscalização eletrônica, muitas vezes a cobertura é insuficiente para atender à demanda da capital e das cidades do interior, o que acaba contribuindo para a sensação de impunidade.
No entanto, o ponto mais crítico está no comportamento dos condutores. Atitudes como excesso de velocidade, desrespeito às leis de trânsito, uso do celular ao volante e a falta de empatia entre motoristas tornam o tráfego mais perigoso. A mudança de postura individual é fundamental para reduzir acidentes e melhorar a experiência de dirigir no estado.
Em conclusão, o cenário do trânsito no Amazonas reflete a soma de falhas estruturais, fiscalização limitada e comportamentos imprudentes. Melhorar esse quadro exige investimentos do poder público, mas, principalmente, uma transformação na consciência dos motoristas.