A instalação de duas CPIs está em discussão na Assembleia Legislativa do Amazonas. Uma delas é a “CPI da Pandemia”, protocolada no dia 17 de março pelos deputados Dermilson Chagas e Wilker Barreto. O objetivo é investigar possíveis irregularidades no combate à pandemia, por meio de sete itens: aluguel do hospital Nilton Lins, abertura de novos leitos, falta de transparência sobre as medidas de enfrentamento e gastos, pagamentos em publicidade, uso de recursos para pagamentos de exercícios anteriores, contratos de unidades prisionais e a crise do oxigênio.
Já o deputado Delegado Péricles apresentou nesta semana outra proposta de investigação, mas que tem apenas um foco: a crise de oxigênio, a chamada de “CPI da Asfixia”.
“Eu observei junto com o meu jurídico que não havia fato determinado, isso é requisito básico para se instaurar uma CPI. É apenas isso. Os outros colegas podem assinar as duas e vamos instaurar as duas, o único problema é esse, não sei porque esse enxame”, destacou.
O Deputado Fausto Júnior, um dos que assinaram a CPI da Pandemia, anunciou a retirada da assinatura durante a sessão dessa quarta-feira até que as duas propostas de investigação sejam unificadas.
” A partir desse momento, eu vou retirar a minha assinatura da CPI da Pandemia e vou aguardar que, de forma amadurecida, os colegas desta casa sentem, até porque é impossível termos duas CPIs ao mesmo tempo. Não adianta nós querermos enganar a população aqui e vamos transformar essas duas CPIs em uma, mas em uma completa que possa investigar tudo. Até isso não acontecer, eu não vou compactuar com uma CPI que vai dar em pizza, pois é isso que pode acontecer”, declarou.
Para o Deputado da oposição, Dermilson Chagas, a nova Comissão foi uma manobra da base do Governo. A CPI que ele apresentou tinha 7 assinaturas, mas com a retirada do deputado Fausto Júnior caiu para 6. A outra CPI, proposta pela base aliada ao Governador Wilson Lima tem cinco assinaturas. O mínimo são 8 para ser instaurada.
Até agora, assinaram a CPI da Pandemia, mais abrangente, os deputados Dermilson Chagas, Wilker Barreto, Delegado Péricles, Nejmi Aziz, Ricardo Nicolau e Roberto Cidade.
A CPI da Asfixia, sobre oxigênio, teve adesão do Deputado Delegado Péricles, Sinésio Campos, Serafim Correa, Wilker Barreto e Dermilson Chagas.