100 mil metros cúbicos de oxigênio estão a caminho de Manaus pela BR-319. O carregamento saiu de Porto Velho-RO e passou por Humaitá-AM no início da tarde desta quarta-feira (20). São quatro carretas da empresa Air Liquide Brasil com destino à capital.
Segundo o presidente da Associação dos Defensores da BR-319, André Marcílio, foi realizada uma manutenção paliativa, pelo DNIT, para garantir a passagem dos veículos no chamado “trecho do meio”, o mais crítico para trafegabilidade.
“O Dnit vai intensificar a manutenção, vai garantir que os pontos ruins que estão lisos e alguns pontos que tem buracos sejam melhorados para que a BR-319 fique boa. A gente não tem grandes atoleiros, não tem buracos, mas a gente consegue garantir uma boa trafegabilidade desse oxigênio até Manaus mesmo não estando pavimentada”, afirmou.
O DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) afirmou em uma rede social que, a pedido do Ministério da Infraestrutura, empresas contratadas pelo órgão realizam manutenção do trajeto e corrigem os pontos críticos que surgem em decorrência das chuvas. “Também foram formados estoques de material pétreo para correção de atoleiros que podem surgir no trecho sem pavimentação”.
Segundo Marcílio, a operação evidencia a importância da rodovia, pois “um boeing leva, em média 3 mil metros cúbicos [de oxigênio] por viagem e a aeronave Hércules C130 da Força Aérea Brasileira tem capacidade de 6 mil metros cúbicos por viagem. Uma viagem pela BR-319 equivale a 17 aviões cargueiros vindo simultaneamente”.
A FAB realiza quatro voos viários com cargas de oxigênio e doações de artistas chegam à capital desde semana passada, mas a demanda continua alta, em mais de 70 mil metros cúbicos por dia. A empresa White Martins, que fornece o insumo ao Governo do Estado, produz menos da metade da demanda dos hospitais.
O diretor da Associação Panamazônia, Belisario Arce, afirmou que o órgão enviou comboio composto por caminhões prancha, tratores de esteira e moto niveladoras para tornar, de forma emergencial, a rodovia trafegável, além de deixar equipamentos e pedras em pontos críticos. “Com essas medidas, considerando as estação de chuvas na Amazônia, o trecho entre Porto Velho e Manaus vai ser feito em 30 horas”, destaca.
Ana Maria Reis – Rádio Rio Mar