Após a desativação do Hospital de Campanha Nilton Lins, gerido pelo Governo do Estado, e da Unidade Básica de Saúde de Campanha exclusiva para Covid-19, da Prefeitura, a única unidade em funcionamento no Complexo do Parque das Laranjeiras é a UBS Nilton Lins, que realiza atendimentos da atenção básica.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a estrutura é cedida, ou seja, a prefeitura não paga um aluguel pelo imóvel.
Desde o ano passado, o Hospital de Campanha do Estado, ao lado dessa unidade do município, esteve no centro das denúncias de corrupção do Governo do Estado a partir da CPI da Saúde. No primeiro pico da pandemia, o imóvel foi alugado por R$ 800 mil por mês, no segundo pico, o Governo requisitou administrativamente.
O Deputado Estadual Wilker Barreto, membro da comissão, disse que, ao invés da desativação do hospital, o local poderia ser utilizado para suprir a demanda das maternidades, por exemplo.
“Nossas maternidades estão superlotadas […] o problema todo é o valor agregado da corrupção. Qual e o tempo que nós temos para construir uma maternidade? 2, 3 anos? Quantos bilhões vai custar? O problema do hospital de campanha Nilton Lins é o superfaturamento e a subutilização. Ninguém é contra o hospital funcionando na sua plenitude “, afirmou.
O parlamentar faz ainda uma comparação com os serviços realizados pelo Hospital Delphina Aziz, com alta capacidade, mas com menos procedimentos e atendimentos do que o Hospital 28 de Agosto. São R$ 16 milhões pagos à uma OS (Organização Social), que administra a unidade da Zona Norte. Segundo Wilker Barreto, o custo mensal pode chegar a R$ 25 milhões.
Suspeita de favorecimento
Servidores do Governo Wilson Lima atingidos pela operação Sangria são suspeitos de contratar o hospital de campanha Nilton Lins de forma fraudulenta para favorecer empresários locais. A UBS de Campanha da Prefeitura foi desativada em maio.
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Ana Maria Reis / Rádio Rio Mar