A fila de espera por uma cadeira de rodas é de 1.000 pessoas e tem demorado mais por causa da pandemia. Para algumas pessoas chega a ser seis anos de espera. Em 2020, as fábricas pararam a produção e nenhuma cadeira foi entregue no Amazonas. Neste mês de novembro, 800 já estão garantidas e vão atender pessoas com deficiência em Manaus e no interior.
A Daniele dos Santos é mãe do Douglas Siqueira, de 10 anos. Ele tem distrofia muscular de duchenne e precisa da cadeira de rodas desde os 7 anos. Faz dois anos que Douglas estava na fila de espera e nessa segunda recebeu o equipamento feito sob medida.
“Foi um pouco complicado porque a cadeira já não estava cabendo ele, não conseguia mais andar muito com ele na rua. Muita dificuldade. Essa cadeira veio como uma bênção para mim e para ele”, disse.
Foram entregues 250 cadeiras de rodas nessa segunda-feira, no Centro de Convenções Vasco Vasques, em Manaus. A meta é entregar as 800 até o fim deste ano, incluindo para os municípios do interior.
O Programa Amazonas Mais Inclusão destina R$ 5,5 milhões em recursos do Fundo de Promoção Social. A secretaria executiva da pessoa com deficiência Leda Maya diz que a meta é zerar a fila para quem já deu entrada no pedido junto ao Governo.
“Ele vai dar a garantia à cadeira de rodas, à carteirinha da pessoa com deficiência, vai ajudar com o tratamento com fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicólogo, uma equipe multidisciplinar para atendar nos principais municípios as pessoas com deficiência”, contou a secretária.
A titular da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania, Mirtes Salles, informou que a ampliação dos serviços multidisciplinares deve reduzir os problemas de locomoção, já que a pessoa com deficiência que precisava de assistência no interior tinha que se locomover para Manaus.
“A gente vai trabalhar por calha e atender todas as pessoas que serão acompanhadas, serão feitas medições. Para que possamos adquirir cadeiras de rodas, essas pessoas precisam ser atendidas, precisam ser medidas sob pena de nós entregarmos uma cadeira que não atende a necessidade daquela pessoa. Essas pessoas vão passar pelos médicos, fazer um laudo para possamos gerar um novo cadastro a atender a pessoa com deficiência como ela tem que ser atendida”, relatou Mirtes Salles.
Quem já recebeu a cadeira, comemora. “A gente está mais feliz porque melhorou mais para a escola, para as necessidades dele, como fisioterapeuta, médico, ficou melhor para ele”, contou a Daniele, mãe do Douglas.
Ana Maria Reis / Rádio Rio Mar