A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, nesta sexta-feira, o registro do primeiro medicamento para pacientes hospitalizados com Covid-19, o antiviral Remdesivir, que ainda está em estudos.
O medicamento poderá ser usado, de acordo com o registro, em adultos e adolescentes com mais de 12 anos e que pesem pelo menos 40 kg, hospitalizados com quadro de pneumonia e que requerem administração suplementar de oxigênio, mas desde que não esteja em ventilação mecânica.
Um estudo usado pela Anvisa para justificar a liberação apontou que os pacientes que passaram pela terapia se recuperaram mais rapidamente que os demais: os que receberam o Remdesivir tiveram melhora clínica em 10 dias, enquanto que os que não receberam tiveram melhora em 15 dias.
Nos estudos, segundo a Anvisa, nenhum paciente que utilizou o antiviral morreu. Entre os efeitos adversos, foi observado, em alguns casos, toxidade no rim.
O Remdesivir é produzido pela biofarmaceutica Gilead Sciences e o seu nome comercial é Veklury. Trata-se de um medicamento sintético administrado de forma intravenosa. Ele age impedindo a replicação viral.
De acordo com o gerente geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, o remdesivir não é vendido em farmácia e pode ser utilizado apenas com supervisão médica.
Ainda nesta sexta, Anvisa também informou que o registro definitivo à vacina da AstraZeneca/Oxford contra a Covid-19, com etapa de fabricação no Brasil. A vacina é a segunda a obter o registro sanitário definitivo no país e já teve o uso emergencial liberado em janeiro.
Da redação da Rádio Rio Mar
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