Ainda faltam mais de três meses para terminar 2022, mas este já é o pior ano da história para o Amazonas em relação às queimadas. De acordo com Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre 1º de janeiro e 26 de setembro, o Estado teve 17.900 focos de incêndio. Essa quantidade já é 7% maior do que o recorde anterior, registrado em 2020, quando foram 16.729 ocorrências em 12 meses.
Os meses de agosto e setembro concentram 90% do total de queimadas no ano: 16.104.
De acordo com o governo do Amazonas, mais de 70% dos focos de incêndio identificados pelos satélites do Inpe estão em áreas de responsabilidade do governo federal, como assentamentos, glebas federais, terras indígenas e Unidades de Conservação Federal.
Ainda conforme o Estado, os outros 21% foram em terrenos particulares e vazios cartográficos. O Governo afirma, ainda, que tem reforçado o contingente para combater os focos de queimadas no Sul do Amazonas, com 108 servidores públicos das forças ambientais e de segurança pública, além de outros 233 brigadistas florestais, que estão sendo remunerados pela primeira vez pelo Estado para apoiar as ações do Corpo de Bombeiros em 12 municípios prioritários, entre eles: Apuí, Lábrea, Manicoré, Humaitá, Boca do Acre, Novo Aripuanã, Barreirinha, Parintins, Canutama, Boa Vista do Ramos, Maués e Nhamundá.
Ainda conforme o governo, os 12 municípios também receberam suporte em equipamentos que totalizam R$1,7 milhões. As ações de combate ocorrem por meio da Operação Tamoiotatá 2, que integra mais de 10 instituições de governo e ocorre de forma permanente, desde março deste ano.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar
Foto: Divulgação/Sema