O primeiro caso de coronavírus no Amazonas foi confirmado no dia 13 de março, de uma mulher que havia viajado a Londres, na Inglaterra. Hoje, menos de um mês depois, o Estado contabiliza 40 mortes e 899 casos. Na atualização desta quinta-feira (09), véspera de feriado prolongado, foram identificados 95 novos contaminados, uma redução de 43% em relação a quarta-feira. Porém, o número total de óbitos cresceu 33%, passou de 30 para 40 em 24 horas.
As autoridades estaduais e federais não divulgam estimativas ou projeção de casos novos ou mortes para os próximos dias, semanas ou meses. No último domingo, a rádio Rio Mar fez essa projeção (leia aqui) com base na curva de alta da semana passada e divulgou que, até o próximo sábado, no número de infectados chegaria a 900 e o de óbitos passaria de 30. A estimativa se concretizou dois dias antes.
Nesta quinta-feira, a diretora-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS), Rosemary Pinto, foi questionada sobre a ausência de projeções oficiais com base na curva de alta. Sem detalhamento, ela disse apenas que 80% da população de mais de 2 milhões de habitantes da capital pode se contaminar, se não respeitar o isolamento social.
Conforme Rosemary Pinto, atualmente 63 pacientes contaminados pela Covid-19 estão em estado grave, em UTI, além de outros 27 casos suspeitos. Há ainda outros 13 óbitos em investigação.
Hoje o Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen) tem 108 testes em processamento de resultado, conforme a FVS. Rosemary Pinto lembra que, enquanto a população continuar ignorando as recomendações de isolamento social, o Amazonas vai continuar como campeão de incidência do Covid-19 no País.
Conforme o Ministério da Saúde, o Amazonas é o Estado com mais casos registrados por 100 mil habitantes.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar