A hepatite pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, além de acidentes ocupacionais, doenças autoimunes, metabólicas e genéticas, entre outras.
De acordo com o painel epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), em 2023 o Amazonas teve 436 casos confirmados de hepatite B, 179 de hepatite C, 30 de hepatite A e 28 da hepatite D, além de 122 mortes pelos quatro tipos da doença.
Este ano, até o dia 2 de maio, a FVS já contabilizou 105 casos confirmados de hepatites: sendo 68 do tipo B, 31 do tipo C, quatro do tipo A, e dois do tipo D. Nesse período, 21 óbitos já foram registrados no Estado. Conforme o painel epidemiológico FVS-RCP não há registros de mortes por hepatite E no Amazonas nos últimos sete anos.
A vacinação e a testagem da doença estão disponíveis de forma gratuita nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). A vacina é indicada a partir dos 12 meses de idade. Ainda não existem vacinas que confiram proteção contra os tipos C, D e E.
O médico infectologista, Paulo Luís Ferreira, da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) alerta quanto a importância das consultas de rotina nas UBSs.
Diversas são as formas de adquirir hepatite, um dos tipos pode até causar o câncer de fígado. Segundo o Ministério da Saúde (MS), a hepatite C é considerada a maior epidemia da humanidade, contaminando cinco vezes mais do que a AIDS/HIV. A infecção é contraída pelo contato com o sangue. Não existe imunizante contra esse tipo, mas é possível prevenir.
Rádio Rio Mar
Fotos: Arquivo FVS-RCP e Evandro Seixas