Amazonas reduz casos de malária em 14% nos dois primeiros meses de 2020

Os registros de malária no Amazonas tiveram queda de 14%. O Boletim Epidemiológico de Malária da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) aponta para o registro de 8.264 casos notificados da doença nos dois primeiros meses do ano passado, contra 7.399 no mesmo período deste ano.

O boletim epidemiológico destaca, também, que, no período de janeiro a 19 de março deste ano foram 8.959 casos de malária em todo o estado. Os municípios do Amazonas com maior número de casos da doença são: São Gabriel da Cachoeira (2.154), Manaus (1.172), Barcelos (472), Lábrea (375) e Carauari (364).

A diretora-presidente da FVS-AM, Rosemary Costa Pinto, ressaltou que o Governo do Estado realiza um esforço em conjunto com os municípios para combater a doença, por meio de medidas de vigilância epidemiológica, diagnóstico oportuno e tratamento imediato.

“Nossa região é endêmica para malária. Deste modo, é importante manter as medidas protetivas individuais, como uso do mosquiteiro impregnado e repelentes. Esse é um esforço conjunto para que possamos combater o mosquito”, disse Rosemary.

Para o diretor técnico da FVS-AM, Cristiano Fernandes, malária é uma pauta importante na saúde pública do estado. “Os indicadores positivos de redução demonstram que, quando há compromisso da gestão municipal em reforçar as ações de vigilância, o resultado é quase imediato. No entanto, o trabalho deve ser contínuo, afinal foram registrados mais de 7 mil pessoas doentes, número ainda elevado”, avaliou o diretor.

De acordo com o chefe do Departamento de Vigilância Ambiental (DVA-FVS), Elder Figueira, a redução dos casos de malária é esperada sazonalmente, devido ao período de cheia dos rios no Amazonas, no período de fevereiro a julho.

“No primeiro semestre do ano, é esperada a redução sazonal dos casos de malária, e justamente agora é necessária a intensificação da vigilância e controle dos primeiros casos, o que irá influenciar diretamente para a redução de notificações no segundo semestre no Estado”, afirmou.

Prevenção

A melhor forma de prevenção da doença é evitar a picada do mosquito. Entre as medidas protetivas individuais estão usar repelentes, calças e camisas de manga longa e evitar a permanência em igarapés no período de fim de tarde e início da noite, horário em que o mosquito é mais ativo para se alimentar.

Uma importante estratégia é a aplicação de inseticidas residuais nas paredes de imóveis localizados em áreas de transmissão ativa, portanto a permissão do morador é fundamental. O uso de mosquiteiros impregnados é uma estratégia amplamente adotada no Amazonas, com resultados comprovados em diversas regiões do mundo.

Com informações da Assessoria

Foto: Divulgação/Susam