Amazonas importa quase 22 vezes mais do que exporta

Em setembro, o Amazonas comprou quase 22 vezes mais do que vendeu para o exterior. De acordo com o governo do Estado, foram US$ 66,9 milhões em exportações e US$ 1,46 bilhão em importação. Assim, o déficit da balança comercial estadual alcançou US$ 1,39 bilhão.

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Conforme o assessor econômico da Secretaria de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Alcides Saggioro, esse desequilíbrio comercial não é danoso para o Amazonas e tem mais impacto para a economia nacional.

“Não há nenhum malefício a balança comercial do Estado. Essa questão comercial não afeta a questão estadual. Isso é uma mais de âmbito de contas nacionais do que um Estado. Um Estado a ter déficit de balança no Brasil não é relevante”, disse o assessor econômico da Secretaria de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Alcides Saggioro.

Mesmo com déficit de US$ 1,39 bilhão na balança, o volume de importações é um aspecto positivo por causa do modelo econômico local e reflete aumento de investimentos no Polo Industrial de Manaus (PIM), como explica Alcides Saggioro.

“O Amazonas importar bem mais do que exporta é devido ao nosso modelo econômico do polo industrial de Manaus, que é um modelo basicamente importador que visa atender o consumo interno. Os insumos são importados, boa parte deles, e aí é feita toda a transformação industrial aqui em Manaus e a maior parte desses produtos é revendida no mercado interno”, comentou Alcides Saggioro.

De janeiro a setembro, o Estado acumulou US$ 12,56 bilhões em importações com insumos para abastecer o PIM, valor que representa 78% de todo o ano passado, no qual o Amazonas alcançou o recorde de US$ 16,14 bilhões.

De acordo com o assessor econômico da Sedecti, os valores recorde de importações no Amazonas refletem a saúde da economia brasileira, pois a maior parte dos produtos produzidos em Manaus é para abastecimento do mercado nacional.

Conforme o governo do Estado, em setembro, a China se manteve como principal parceira comercial nas importações. Já os Estados Unidos ficaram em segundo lugar, com destaque para “Óleos de petróleo”, que somaram US$ 24,42 milhões.

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Exportações

Nas exportações, o destaque ficou com a Colômbia, principal destino dos produtos amazonenses, em setembro. O item “Outras preparações alimentícias” liderou a pauta de vendas para o país, totalizando US$ 5,93 milhões, o que representa 62% do total exportado. Em seguida, a Argentina ocupou o segundo lugar no ranking, com o envio de motocicletas de cilindrada entre 250 cm³ e 500 cm³, no valor de US$ 3,74 milhões, equivalentes a 44% das exportações destinadas ao país.

Municípios do interior

Quantos aos municípios do interior, Presidente Figueiredo liderou as exportações, com ferro-ligas enviadas para a China, com total de US$ 6,42 milhões. Logo em seguida, Itacoatiara registrou US$ 2,87 milhões em exportações de soja triturada, também destinadas ao mercado chinês.

Nas importações, Itacoatiara movimentou quase US$ 6 milhões em óleos de petróleo oriundos da Rússia, enquanto Nova Olinda do Norte registrou US$ 3,4 milhões na aquisição de veículos aéreos e espaciais dos Estados Unidos.

Da Redação

Foto: Bruno Leão/ Sedecti e Divulgação/Sedecti

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