O Amazonas fechou 2024 com 36.772 carteiras assinadas a mais do que iniciou o ano. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o Estado terminou 2023 com 517.101 celetistas e 2024 encerrou com estoque de 553.873, o maior desde janeiro de 2020, quando o antigo sistema do Caged foi substituído pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial), chamado de ‘Novo Caged’.

Conforme as estatísticas oficiais do Ministério do Trabalho e Emprego, o Amazonas registrou 290,6 mil contratações e 253,8 mil demissões ao longo do último ano. Chama a atenção o mês de dezembro, que teve saldo negativo de -4,3 mil carteiras assinadas, resultado de 18,7 mil admissões e 23 mil desligamentos.

Ainda de acordo com o painel do Caged, o setor campeão de geração de empregos com carteira assinada na comparação entre 2023 e 2024 foi a indústria, que registrou crescimento de 9,4%. Esse segmento econômico tem estoque de 138.016 postos formais de trabalho, após ter encerrado 2023 com 126.162. Em janeiro de 2020, por exemplo, antes da pandemia, 106.457 empregados eram formais. Portanto, de 2019 a 2024 o salto no estoque de celetistas na indústria amazonense foi de quase 30%.

Da mesma forma, os setores de comércio e serviços, juntos, também impulsionaram a geração de empregos formais no Amazonas. Em janeiro de 2020 eram 284.075 carteiras assinadas e, em dezembro de 2024, esse número chegou a 381.900, o que representa um crescimento superior a 34%. Contudo, das 23 mil demissões de dezembro do ano passado em todo o Estado, o segmento de serviços foi responsável por quase 12 mil desligamentos. Ou seja, 52%. 

Bruno Elander – Rádio Rio Mar

Foto: Bruno Elander/Rádio Rio Mar