O Amazonas está entre os estados do Norte do país, com um dos menores índices de realização de mamografias. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é recomendado que a cobertura mamográfica atinja pelo menos 70% da população-alvo para a realização dos exames.
Esses dados foram divulgados pelo Panorama do Câncer de Mama, um levantamento realizado pelo Observatório de Oncologia, com base em informações fornecidas pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS).
O médico de cuidados paliativos, Dr. Washington Júnior, afirma que a mamografia é a melhor ferramenta para a detecção precoce do câncer, especialmente nos estágios iniciais. Ele ressalta a importância de que mulheres a partir dos 40 anos, realizem o exame preventivo anualmente.
Na região Norte, as maiores taxas de realização de mamografias na rede pública foram registradas no Amapá (20,1%), Acre (11,6%), Rondônia (11,4%), Pará (10,4%) e Amazonas (9%). A OMS aponta que 35% das mortes por câncer de mama podem ser evitadas com a realização regular de exames de rastreamento. Além disso, um diagnóstico precoce aumenta as chances de cura para 95%, melhorando significativamente a qualidade de vida das pacientes.
Quanto ao tempo médio entre a consulta e a realização do exame de detecção do câncer de mama, Acre e Amapá se destacaram com uma média de 21 dias, empatando com o Piauí. Em contrapartida, o Amazonas apresentou o terceiro maior tempo médio, com 82 dias, mais do que o dobro do estipulado pela Lei dos 30 Dias (Lei nº 13.896/2019), que garante um máximo de 30 dias para o recebimento do diagnóstico de câncer.
Rafaella Amorim, Rádio Rio Mar
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